Romério da Silva de Souza*
Resumo: O Tema central deste artigo será o movimento do homem em busca da felicidade. Com esse tema abordar-se-á quais são os fatores responsáveis que levam o homem a ter como fim a busca pela felicidade, o que move o homem. A teoria de Aristóteles da alma é responsável de desempenhar a capacidade de mover o corpo humano, e da mesma não ser necessária outro que a mova. Na Física de Aristóteles encontra-se o surgimento do movimento – o que move o homem –, e o homem em sua busca pela felicidade como algo essencial em sua vida, ou seja, a alma como a força motriz, aquela que é a responsável pelo movimento do seu corpo, tendo como o principal objetivo a felicidade, conforme temática desenvolvida pela Estagirita na Ética a Nicômaco.
Palavras chaves: Movimento. Alma. Felicidade. Repouso. Aristóteles.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Neste artigo será traçado a teoria do movimento do homem em busca da felicidade. Para este resultado será usado como base a Física de Aristóteles. Será trabalhado o surgimento do movimento na visão de Aristóteles, o que é movimento e a que se tende o movimento. Segundo Aristóteles todas as coisas tendem a busca pela perfeição, para ele existe um ser no qual todas as coisas buscam por força da atração, Aristóteles define esse ser como o motor imóvel que é perfeito.
Será trabalhado o sentido da alma no corpo como responsável pelo seu movimento, no caso da alma como um princípio imóvel; como a responsável de mover e não passível de ser movida. Aristóteles também destaca os graus de hierarquia da alma nos seres vivos, desde a alma vegetativa, a alma sensitiva e a alma intelectiva.
Aristóteles define que o objetivo final do homem é buscar felicidade, ou seja, o homem busca a própria satisfação, como realização de seus desejos, Aristóteles define o homem como o único animal racional que possui os três graus da hierarquia da alma.
1 MOVIMENTO
Aristóteles, na Física, apresenta um estudo sobre as questões ligadas à physis (natureza), entendendo a natureza como uma totalidade englobante, que envolve todas as coisas. Partindo desse pressuposto de physis, tem-se dentro dela o movimento, pois tudo que se move, tudo o que está em movimento é physis. Antes de adentrar na ideia de movimento, propriamente dito, faz-se necessário compreender o significado do que é physis. Sendo assim, pode-se colocar a natureza como o princípio de tudo não somente do movimento, tudo o que existe provém da natureza, com isso, o principal objetivo de Aristóteles com o livro da Física é explicar a natureza, segundo ele: “A natureza é um certo princípio, princípio e causa pelo qual aquilo a que pertence primeiramente move-se ou repousa, em virtude de si e não por acidente”. (ARISTÓTELES, Física, II, I,192b 20-23. Tradução – nossa)[1]. A noção de physis é assim o princípio, ou causa interna de mudança.
O movimento presente na natureza é o ponto que Aristóteles observa e lhe é muito caro, ele tem a difícil tarefa ao longo da Física de garantir a mobilidade do ser e afirmar o movimento das coisas e como tudo o que se move tem um início e um fim. Ele busca determinar o início, o começo do movimento e a aonde quer chegar o seu fim. “Todo ser potencialmente movível, seja aquele que tem movimento próprio, seja aquele que não tem, é movido por outro algo”: (ARISTÓTELES, Física, VIII,256,5-10.Tradução nossa)[2].
Não se pode falar do movimento longe da natureza, logo, o movimento é diretamente inserido ao conceito de natureza, sabendo-se que tudo o que existe se move, e tudo o que existe é considerado natureza, pode-se afirmar, portanto, que a própria natureza se move em busca de algo, se move por que tem algo que a move, que lhe impulsiona para ir em sua direção. Mesmo Ela sendo coeterna, a estrutura do movimento é um elemento imprescindível. “[…] a atualidade do potencial, quando o estar atualizando-se opera não enquanto é em si mesmo, mas sim enquanto é movível”. (ARISTÓTELES, Física III,201a, 251. Tradução nossa)[3].
Posto que a natureza é um princípio do movimento e da mudança, e nosso estudo versa sobre a natureza, não podemos deixar de investigar o que é o movimento; porque se ignorássemos o que é, necessariamente ignoraríamos o que natureza. (ARISTÓTELES, Física, III 206b 14-15. Tradução nossa)[4].
Segundo Aristóteles é necessário que, o que se move, mova-se em ato, ou seja, estar em um contínuo movimento, pois segundo o mesmo, não basta ter um motor que funciona, faz-se necessário que esse motor exerça sua funcionalidade que é de se mover. “Não basta um princípio, uma causa motora que não opere, que não exerça sua capacidade de mover, que não mova, isto é, o motor deve ser em ato.” (BERTI, 2012, p.157).
Para Aristóteles todas as coisas que existem na natureza e no céu dependem de uma causa primeira que ele aplica na teoria do motor imóvel, no qual todo movível tem necessidade deste motor, que é puramente ato, donde todas as coisas que existem no universo tendem-se buscar por força da atração esse princípio, em grego to próton pánton que quer dizer causa primeira, kinoun panta, que é responsável de mover todas as coisas existenciais, com essa teoria podemos dizer que não é diferente com o homem, pois há algo que o impulsiona ao movimento.
[…] A ideia de admitir um princípio imóvel, puro ato do qual depende tudo aquilo que há no universo. Porque, além disso, do movimento do céu, dependem os movimentos de todos os astros, do sol e, portanto a alternância das estações e, por isso, o ciclo da geração e corrupção produzido sobre a terra e, portanto de algum modo, direta ou indiretamente, tudo depende. (BERTI, 2012, p. 161).
2 A ALMA COMO MOVENTE DO HOMEM
Segundo Aristóteles a alma é o fator principal do movimento dos corpos e não é movível. Neste caso ela é “motor não movível”, ela não é ato e nem potência, neste caso Aristóteles descarta a possibilidade da alma ter uma natureza material. Na concepção de Aristóteles, a alma é como se fosse um motor que dá a partida, ou seja, aquele que se move, assim ele nos transmite a ideia de que o corpo se move por causa da alma que existe em cada ser vivo, pois segundo Aristóteles a alma é “por excelência o que é capaz de mover”. (ARISTÓTELES, 2006, p.153), nota-se que Aristóteles afirma que a alma[5] é a responsável como movente do corpo.
Aristóteles no livro De Anima pontua duas teses que explicam a diferença entre o imóvel e o movente, pois segundo Aristóteles é falso conceber que a alma está em movimento, ou seja, que a alma é movível, o primeiro argumento seria de que a alma é capaz de se mover e que pode mover a si mesma em ato ou potência, a outra é de que a alma se move de outra forma. Aristóteles mostra a alma como movente do corpo, no entanto, o que o Estagirita não considera é a ideia da alma como aquela que se move e está em movimento, para ele se faz necessário distinguir o que é movido do que faz mover. Na visão de Aristóteles, para entender a alma como movente não é preciso que ela esteja em movimento: “a alma é princípio imóvel e imaterial dos movimentos do corpo vivo”. (ARISTÓTELES, 2006, p. 164)
Para Aristóteles, a alma é o que move, para isso não se faz necessário que a mesma esteja em movimento. Com isso o Estagirita parece querer demonstrar a alma como motor imóvel, ou seja, ela é capaz de comandar sem que precise ser comandada. Quando afirma-se que a alma está em movimento, ou seja, que ela é um motor ativo em movimento, leva a entender que a alma está em combustão, ou seja, está ativa em movimento, e tudo o que está em movimento é necessário que haja um ser que o mova. Considerar a alma como um motor em movimento significa que é necessário que exista algo que esteja antes da alma e a movimente.
É falso conceber a alma como um motor em movimento. O que está, de fato, em questão nesta passagem não é a tese, mas sua premissa – a saber, que todo motor ativo está em movimento. (ARISTÓTELES, 2006, p. 164)
Para Aristóteles, não é necessário que aquilo que mova seja movido, ele explica que tudo que se move é necessário ter um movente, com isso, se chegaria há uma infinidade de argumentos. Segundo Aristóteles a possibilidade mais plausível é dizer que o primeiro que se move é movido por algo em repouso, pois segundo Aristóteles o primeiro motor é imóvel[6].
Aristóteles admite que é impossível haver uma serie infinita na qual aquele que faz mover também seja movido por algo idêntico (isto é, que também se move [to kinoun kai kinoumenon byp´ allou auto] [ 256a18-9]. Portanto, em tal série, há o primeiro que move e o ultimo que é movido: “Não é necessário que aquilo que se move seja sempre movido por algo que se move […] e assim ou (1) o primeiro que se move é movido por algo em repouso [bypo êremountos] ou (2) o primeiro que se move moverá a si mesmo [auto heauto kinêsis”]. (REIS, 2006, p.165).
Na concepção de Aristóteles, a alma é o como se fosse um motor que dá a partida, ou seja, aquela que é capaz de mover, assim ele transmite a ideia de que o corpo se move por causa da alma que existe em cada ser vivo. Nota-se que Aristóteles demonstra no livro da Física que a alma é o movente do corpo é que a mesma é material sutil que empresta movimento idêntico ao corpo em que subsiste, ou seja, a alma exerce um papel fundamental no corpo.
Segundo Aristóteles, a matéria não possui nenhum movimento intrínseco, ou seja, ela tem seu valor próprio. No entanto, encontramos na natureza seres animados, os quais possuem em si mesmos um princípio de movimento, e esse princípio é a alma, e todo ser que possui alma necessita de se nutrir, do nascer até o final de sua existência. “Todo aquele que vive e tem alma, então, é necessário que tenha a alma nutritiva – do nascimento até a morte.” (ARISTÓTELES, 2006, p.127).
Aristóteles classifica que as almas dos seres existem na psykhês e podem ser divididas em quatro partes, pois para ele é necessário separar as formas da reação que cada ser possui na natureza, pois o ser humano é diferente de um animal e de uma planta. Para Aristóteles “a alma é aquela coisa devido à qual vivemos, sentimos e pensamos” (ARISTÓTELES, 2006, p. 129). Segundo a teoria formulada na obra acerca da alma, enquanto que em alguns seres a alma possui apenas uma função ligada à manutenção da vida, em outros, ela apresenta funções mais complexas, segundo ele a matéria não possui nenhum movimento intrínseco. No entanto, encontramos na natureza seres animados, os quais possuem em si mesmos um princípio de movimento, esse princípio é a alma. Ela é forma que organiza os seres animados.
Segundo a teoria formulada na obra acerca da alma, enquanto que em alguns seres a alma possui apenas uma função ligada à manutenção da vida, em outros, ela apresenta funções mais complexas. Fundamentalmente, a alma pode apresentar três funções distintas, que leva Aristóteles a falar de três partes da alma, a alma vegetativa, sensitiva e intelectiva, o homem é o único capaz de possuir as três partes da alma, pois o mesmo possui todas. Segundo Aristóteles o homem dotado de razão necessita das três.
Sendo assim, a alma vegetativa: é o princípio que regula as atividades biológicas. Ela está presente em todos os seres vivos, a saber, plantas, animais e inclusive no homem. É responsável pelos instintos, pelos impulsos, crescimento, nutrição e reprodução. A alma sensitiva ou desiderativa: está presente somente nos animais, é responsável pelas sensações, pela percepção das peculiaridades dos objetos com os quais os animais entram em contato. Essa alma ainda coordena os movimentos corporais, por fim, a alma intelectiva ou pensante: que é uma exclusividade do ser humano. Ela é a capacidade de pensar discursivamente, de elaborar teorias e de pensar em explicações. É dela que deriva a capacidade de formular juízos sobre a realidade.
3 MOVIMENTO DO HOMEM EM BUSCA DA FELICIDADE
Desde os primórdios o homem caminha em busca de algo que o completa, em busca de algo que o realize e o deixe em plena felicidade. Este simples pensamento, faz com que milhares de pessoas a cada segundo, a cada minuto, modifiquem o rumo total de suas vidas, caminhando para um norte ou sendo impulsionado para um norte que lhe satisfaça e que lhe forme por completo.
Acredita-se em dias melhores, em empregos gratificantes, em amizades interessantes, em amores verdadeiros. O homem parte de um repouso e se movimenta, é impulsionado a caminhar e a concluir sua vida com ações benéficas, ações realizadoras. Neste caminhar, ele luta contra o tempo, autor de todos os destinos, que o apressa e o devora constantemente fazendo com que o seu movimento seja constante e de verdadeira mudança.
O tempo consome e devora, faz crer que a vida possa ser melhor do que tem sido até o agora, que se posso fazer a diferença na vida de alguém deixando com que o outro também seja feliz assim como se quer ser feliz. Trata-se do caminho em busca desta felicidade de que tantos falam, experimentam e dão testemunhos e o mundo apresenta de forma ilusória de forma utópica. O ser humano é assim convidado a ir à busca desta referida felicidade. E junto a ele vai o tempo e o movimento regendo cada passo, regendo sua vida. A felicidade é um estado durável de plenitude, satisfação e equilíbrio físico e psíquico, em que o sofrimento e a inquietude são transformados em emoções ou sentimentos que vão desde o contentamento até a alegria intensa ou júbilo.
Aristóteles encara a felicidade como o maior bem do homem, abordando este conceito não como um estado, uma emoção passageira, mas sim como uma atividade baseada no bem e nas virtudes, assumindo‐se como algo relacionado com a alma e a plenitude da vida humana. A felicidade não existe em função de outros fins, justifica a sua existência em si própria. Tal como não deve ser resumida ao prazer, a felicidade não deve ser encarada como sinônimo de diversão. Embora esta última seja importante para o ser humano, pode desencadear danos em vez de benefícios. Divertimento não significa, portanto, o mesmo que felicidade, pois esta envolve ações sérias, numa expressão da virtude. Aristóteles aponta ainda o estudo teórico como a atividade mais propícia a uma maior felicidade.
As ações virtuosas devem ser aprazíveis em si mesmas. Mas são, alem disso boas e nobres, e possuem no mais alto grau cada um desses atributos, porquanto o homem bom sabe aquilatá-los bem; sua capacidade de julgar e tal como descrevemos a felicidade e, pois, a melhor, a mais nobre e a mais aplausível coisa do mundo” (ARISTÓTELES, 1979, p. 58)
Com efeito, todos eles pertencem às mais excelentes atividades, e estas, ou então uma delas, a melhor nós a identificamos com a felicidade. No entanto, como já foi dito, ela necessita igualmente dos bens exteriores; pois é impossível, ou pelo menos não é fácil, realizar atos nobres sem os devidos meios. Em muitas ações o homem utiliza como instrumentos os amigos, a riqueza e o poder político; e as coisas cuja ausência de felicidade como a nobreza de nascimento, uma boa descendência, a beleza. Com efeito, o homem de muito feia aparência, ou mal nascido, ou solitário e sem filhos, não tem muitas probabilidades de ser feliz, e talvez tivesse menos ainda se seus filhos ou amigos fossem visceralmente maus e se a more lhe houvesse roubado bons filhos ou bons amigos.
Depois de mostrar os requisitos necessários para se alcançar a felicidade e lembrar que nesta são precisos os bens materiais, Aristóteles faz questão de também lembrar que a excelência humana significa não a do corpo, mas da alma. A felicidade deve ser entendida como atividade contemplativa, e como tal deve ser atributos da eternidade, da perfeição, da autossuficiência e da plenitude sendo, portanto uma atividade da alma conforme a excelência perfeita ou a reta razão.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao longo do artigo foi trabalhado o movimento do homem baseado na Física de Aristóteles, teve como fator principal o movimento, pois para ele o movimento se dá constantemente na physis, pois, não é possível conceber o movimento longe da natureza, percebe-se que, Aristóteles é um apaixonado pela a physis, e busca nela resposta de seu estudo da física.
Através do movimento, Aristóteles demonstra que não basta que o que está em movimento simplesmente se mova. As coisas se movem porque estão em ato. Segundo ele, não basta ter um motor que move, é necessário que este esteja em ato, ou seja, em funcionalidade, exercendo a sua função. Ao longo do artigo podemos perceber que Aristóteles vai além, pois é necessário que exista um motor imóvel no qual todas as coisas que existem tendam a ele por força da atração, esse motor não desempenha nenhum movimento, pois se assim o fizesse não seria perfeito. Na visão aristotélica todas as coisas que buscam por este motor busca-o por falta da perfeição, como este motor é perfeito todas as coisas tendem a ele.
Aristóteles pontua que a alma desempenha uma força motriz que é capaz de mover o corpo, e que a mesma não é passível de movimento, ou seja, a alma seria como o motor imóvel, aquele capaz de mover e não ser movido. Assim Aristóteles define que todos os seres vivos possuem alma, desde os vegetais aos animais e aos homens. Homens estes que, segundo Aristóteles, são os únicos dotados de razão, por possuírem todos os graus da hierarquia da alma, alma vegetativa, alma sensitiva e alma intelectiva, sendo que os animais possuem a alma vegetativa e sensitiva, enquanto os vegetais possuem apenas a alma vegetativa.
Aristóteles propõe esses graus da alma, pois segundo ele, todo ser vivo possui um corpo e alma, e que a alma é o princípio do movimento que possibilita o ser se mover, se nutrir e buscar o melhor para si segundo a sua natureza. Percebe-se que, Aristóteles define o ser humano como aquele que tem como objetivo a felicidade, pois para mesmo, os bens faz parte desta realização, sendo assim, o homem é responsável pela própria escolha, pois é o único animal capaz de raciocinar por causa da alma intelectiva que possui, sendo esta a responsável por dar razão ao ser. Percebe-se que Aristóteles desempenha logo no início a ideia do motor imóvel no qual todas as coisas estão em busca da perfeição, com isso pode-se afirmar que o homem está em busca contínua pela felicidade, sua realização por completo. Mas se observar o ser humano, ele nunca está em plena satisfação com o que possui e sempre busca encontrar algo que está além de seu alcance, se assim for afirmada, a teoria não estaria errada, pois o próprio Aristóteles defende a ideia de que a natureza procura encontrar a perfeição. Portanto, o homem está em busca da perfeição de si que é a plena satisfação, o pleno gozo, a felicidade.
REFERÊNCIAS
ARISTOTELES. Física. Traducción Guillermo R. de Echandía. Gredos, Madri, P.768. 1995. PDF disponível em: <http://bz.otsoa.net/Libros%20de%20Divulgacion%20 Cientifica/Historicos%20de%20Ciencia/Aristoteles%20-%20Fisica.pdf>. Acesso em: 27 Ago. 2016.
______. De Anima. Apresentação, tradução e notas Maria Cecília Gomes dos Reis. São Paulo: Ed. 34, 2006.
______. Ética a Nicômaco. Tradução de Leonel Vallandro e Gerd Bornheim da versão de W. D. Ross. São Paulo: Abril Cultural, 1979. Col. Os Pensadores.
BERTI, Enrico. Estrutura e significado da metafísica de Aristóteles. Tradução José Bortolini. São Paulo: Paulus, 2012.
REIS, Maria Cecília Gomes dos. Notas do tradutor. In: ARISTÓTELES. De Anima. São Paulo: Ed. 34, 2006, p. 135-357.
TUGENDHAT, Ernest. Lições sobre Ética. Tradução Robson Ramos dos Reis et al. Petrópolis: Vozes, 1997.
* Graduando em Filosofia na Faculdade Dom Luciano Mendes – DLM.
[1] Porque la naturaleza e su principio y causa del movimiento o del reposo en la cosa a la que pertenece primariamente y por si misma, no por accidente.
[2] Todo ser potencialmente móvil, es que tiene su propio movimiento, uno que no tiene, que es movido por otra cosa.
[3] el movimiento es, pues, la actualidad de lo potencial, cuando al estar actualizando se opera no en cuanto a lo que es en si mismo, sino en tanto que es movible.
[4] Puesto que la naturaleza es un principio del movimiento y del cambio, y nuestro estudio versa sobre la naturaleza, no podemos dejar de investigar qué es el movimiento; porque si ignorásemos lo que es, necesariamente ignoraríamos también lo que es la naturaleza.
[5] Conforme comentário ao De Anima de Maria Cecília Gomes dos Reis: a alma consiste no que, efetivamente, está em movimento (ARISTÓTELES, De Anima, 403b31); e o próprio Aristóteles se expressa da seguinte maneira: a alma é o que fornece o movimento aos seres vivos [ten psykhên einai to parekhon tois dzois ten kinêsin] [404a8-9]. (REIS, 2006, p.153).