Daniel Aparecido dos Santos
Gilmar Lopes da Silva
O filósofo Alfred North Whitehead (1861-1947) quer entabular uma investigação dos tipos de entidades apresentadas ao conhecimento na apreensão sensível. Seu propósito é investigar as modalidades de relações que essas entidades de diferentes tipos podem guardar entre si. A classificação das entidades naturais é o prelúdio da filosofia natural. Nesse princípio é apresentado “O tempo”, como um fato a saber, que algo está se passando; há uma ocorrência a ser definida.
Whitehead oferece à nossa apreensão dois fatores, os quais ele denomina como: o “discernimento” e o “discernível”. O discernido compreende aqueles elementos do fato geral discriminados com suas próprias peculiaridades individuais. As entidades percebidas em sua própria individualidade e outras entidades apreendidas meramente como termos relacionais em outras definições. O fato geral completo é o discernível e compreende o discernido. O discernido é a natureza no seu todo tal como revelada naquela apreensão sensível, e estende-se para além da natureza e a compreende no seu todo, discriminada ou discernida em tal apreensão sensível.
Os fatores da natureza dos quais possuímos apreensão sensível são conhecidos como: não abrangendo todos os fatores que, no conjunto, formam o todo complexo de entidades relacionadas compreendidas no fato geral ali apresentado para o discernimento. O caráter inexaurível pode ser descrito metaforicamente pela afirmação de que a natureza tal como percebida contém sempre uma borda desigual. Há uma entidade conhecida, apenas enquanto espacialmente relacionada a alguma entidade discernida que designamos pela ideia pura e simples de “lugar”. O conceito de lugar marca a revelação, na apreensão sensível, de entidades da natureza conhecidas meramente por suas relações espaciais com entidades discernidas.
O conceito de “período de tempo” marca a revelação, na apreensão sensível, de entidades da natureza conhecidas unicamente através das suas relações temporais com entidades discernidas. Mas a separação das ideias de tempo e espaço foi adotada meramente em nome de uma simplicidade de exposição, obtida através da conformidade com a linguagem corrente. E isso ele denomina como “evento”. Essa estrutura de eventos é o complexo de eventos tais como relacionados pelas relações de extensão e cogrediência. Um evento discernido é conhecido enquanto é relacionado.
O germe do espaço pode ser encontrado nas mútuas relações dos eventos compreendidos no fato geral imediato que é a natureza total e discernível. Incluídos no evento singular que é a totalidade da natureza presente. As relações de outros eventos, com essa totalidade da natureza, formam o tecido do tempo.
O fato geral é a total ocorrência simultânea da natureza ora presente para apreensão sensível. Essa apreensão sensível apresenta, para um discernimento imediato, uma certa totalidade, que aqui denominamos uma “duração”, que é uma entidade natural e definida.
A natureza é um processo. Tudo que se pode fazer é empregar uma linguagem capaz de demonstrá-lo especulativamente. É como expressar a relação que esse fato da natureza guarda com os outros fatores. O filósofo A. Whitehead está de acordo com a doutrina de Bergson, embora ele emprega o termo do “tempo” para se referir ao fato fundamental que denomino a “passagem da natureza”. Ela é igualmente demonstrada pela transição espacial e temporal. É em virtude dessa passagem que a natureza está sempre em movimento.
A apreensão sensível apresenta uma única chance para o conhecimento algo exclusivamente destinado a ele. O termo da apreensão sensível é único em dois sentidos: é único para apreensão sensível de uma mente individual e único para apreensão sensível de todas as mentes que atuam sob condições naturais.
Existem dois conceitos que Whitehead pretende distinguir, aos quais ele denomina simultaneidade e instantaneidade. A simultaneidade é a propriedade de um grupo de elementos naturais que em algum sentido são componentes de uma duração. Esta pode ser tanto a natureza como um todo presente quanto o fato imediato apresentado pela apreensão sensível. Uma duração retém em si a passagem da natureza. Nela encontra-se antecedentes e conseqüentes que também são durações que podem ser completos presentes especiosos de consciências mais velozes. É uma duração que retém uma densidade temporal a simultaneidade, é um fator último da natureza, imediato para apreensão sensível.
A instantaneidade é um conceito lógico complexo de um processo de pensamento por meio do qual se produzem entidades lógicas em nome da simples expressão, no pensamento, de propriedades da natureza. Ela é o conceito da natureza como um todo em um instante, onde um instante é concebido como privado de qualquer extensão temporal. Por exemplo, nós pensamos sobre a distribuição da matéria no espaço em um instante. A . Whitehead usará o termo “momento” para se referir à “natureza como um todo em um instante”. O que é diretamente oferecido ao nosso conhecimento através da apreensão sensível é a duração.
As durações podem apresentar propriedade relacional binária de se estenderem uma sobre a outra. Assim, a duração que é a natureza como um todo em determinado minuto e estende sobre a duração que é a natureza como um todo durante os trintas segundos daquele minuto. É uma relação em que dois eventos limitados podem guardar entre si. Parece referir-se à extensão puramente temporal.
Whitehead irá adentrar-se a definição de um momento de tempo. Ele considera um conjunto extraído da mesma família. A relação entre todo e parte é assimétrica, ou seja, que se A é parte de B, B não será parte de A. A relação é transitiva.
Existe uma série ordenada de momentos a que nos referimos ao falar no tempo definido como série. Cada elemento dela revela um estado instantâneo da natureza. Esse tempo serial é resultado de um processo intelectual de abstração. Esse tempo evidentemente não é a própria passagem da natureza em si. Ele revela algumas das propriedades naturais que delas brotam. O estado da natureza “em um momento” evidentemente perdeu essa qualidade última da passagem.
O lapso de tempo é uma quantidade serial mensurável. A teoria científica em sua totalidade depende desse pressuposto. Qualquer teoria do tempo que se mostre incapaz de fornecer uma série mensurável condena a si mesma, como incapaz de dar conta do fato mais proeminente da experiência.
Devemos inicialmente determinar se o tempo deve ser encontrado na natureza ou a natureza deve ser encontrada no tempo. Há uma dificuldade de estabelecer o tempo como anterior à natureza, e de que o tempo converte-se a um enigma metafísico.
A dissociação entre o tempo e eventos revela, à nossa investigação imediata, que a tentativa de estabelecer o tempo como termo independente ao conhecimento é semelhante ao esforço, por se encontrar substância em uma sombra. Ou seja, existe o tempo porque existem acontecimentos e, além dos acontecimentos, nada existe. Em certo sentido, o tempo se estende para além da natureza.
No tema da apreensão sensível é necessário termos atenção com o termo do tempo de modo que, o “tempo” aqui diz respeito à mente, embora o tempo mensurável seja uma mera abstração da natureza e a natureza esteja fechada à mente. A apreensão sensível é uma relação da mente com a natureza. Estamos agora considerando a mente com o termo relacional da apreensão sensível. A respeito da mente, temos a apreensão sensível imediata e temos a memória. A mente não possui uma apreensão imparcial de todas essas durações naturais. sua apreensão compartilha da passagem da natureza.
Poderíamos admitir que, embora possamos imaginar que no processamento da apreensão sensível a mente poderia estar isenta de qualquer caráter de passagem. Na verdade nossa experiência de apreensão sensível revela nossas mentes como partícipes desse estilo. Por outro lado, o simples fato da memória é uma fuga à transitoriedade, na memória o passado se faz presente. Presente não enquanto sobrepondo-se à sucessão temporal da natureza, mas como um fato imediato para mente. A memória é um desengajamento da mente com respeito à simples passagem da natureza, pois aquilo que passou para natureza não passou para mente.
Entre memória e o presente imediato e não é tão nítida como convencionalmente se presume. Há uma teoria intelectual do tempo como o gume de uma faca em movimento, a demonstrar um fato presente sem extensão temporal. Teoria da qual se origina-se do conceito de uma exatidão ideal da observação.
Na apreensão sensível, existe uma passagem da mente, distinguível, da passagem da natureza, estreitamente afim com ela. Se quisermos, essa afinidade da passagem da mente com a passagem da natureza resulta de ambas compartilharem algum caráter ultimo da passagem que domina todo ser. Temos uma dedução imediata de que a mente não está no tempo ou no espaço no mesmo sentido em que os eventos da natureza estão no tempo, mas que se encontra derivativamente no tempo e no espaço em razão da afinidade peculiar de sua passagem, com da natureza.
A mente encontra-se no tempo e no espaço em seu sentido peculiar a si mesma. Temos a sensação de que, em algum sentido, nossas mentes estão aqui neste local e neste momento. Mas não é exatamente no mesmo sentido em que os eventos da natureza, que são as existências de nossos cérebros, têm suas posições espaciais e temporais. A distinção fundamental é a de que o imediatismo para apreensão sensível.
O “materialismo” foi denominado por Whitehead, a filosofia natural. Os materialistas eram não só os homens da ciência, mas também os adeptos de todas as escolas filosóficas. Os idealistas apenas se distinguiam dos materialistas filosóficos na questão do alinhamento da natureza com respeito à mente.
Na teoria materialista, o presente instantâneo é o único campo para a atividade criativa da natureza. O passado se foi e o futuro ainda não é. No entanto, o imediatismo da apreensão é o de um presente instantâneo, e esse presente único é o produto do passado e a promessa do futuro. Não existe algo semelhante a ser encontrado na natureza.
Uma duração traz em seu seio um passado e um futuro; e as amplitudes temporais das durações imediatas da apreensão sensível são altamente indeterminadas e dependentes do percipiente individual. Como conseqüência, não existe fator algum na natureza que, para cada percipiente, seja preeminente e necessariamente o presente. A passagem da natureza não deixa nada entre o passado e o futuro.
O passado e o futuro se encontram e se misturam no presente mal definido. A passagem da natureza simplesmente é uma outra dominação da força criativa da existência, pois possui uma ampla margem de presente definido e instantâneo em cujo âmbito operar. Sua presença operativa, que no momento impulsiona a natureza adiante, deve ser procurada ao longo do todo, tanto no passado remoto, quanto na mais estreita amplitude de qualquer duração do presente. E quem sabe num futuro não-realizado. Portanto, no futuro, que poderia ser, bem como no futuro efetivo que virá a ser. É impossível meditar sobre o tempo e o mistério da passagem criativa da natureza sem uma avassaladora comoção ante as limitações da inteligência humana.
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Eu estava fazendo um trabalho fui procurando e achei esse site adorei me ajudou muito.Bjs galera.
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Ow..Axo q para melhorar isso ae, deveria ter sido mais direto e claro, e muita coisa q a gente não quer ler, ai tem q ficar procurando a “palavra chave” q e natureza..
Menos enrolação no texto e mais objetividade no conteudo..Muito abrangente, perdi 150 min lendo pra axar oq eu precisava que era conceito de natureza hehe…
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Oi tudo bem? Olha o texto tava muito bom, me ajudou bastante na matéria… hehe
Tudo mundo fez com a mesma fonte Wikipedia -__- só que eu peguei a o assunto nesse site muito bom!!
Só achei o texto muito longo e geral, poderia centralizar mais o assunto pricipal, oque acha?
Bjs
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Oiii tudo bom? O texto e bom mas muito longo! -_- Podia ser menor e mais claro q nem judson falo
Bjos
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Olááá!! Viu o txt adoreeei!! Mto bom msm!!
Vlw pela ajuda.
Xaaauuuuuuuuu
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Hehehehehe