5 Comentários

  1. edir

    caro joão paulo,
    o pensamento nietzscheano é encantador e ultrapassa shopenhauer, pois se trata de um pensamento mais livre e positivo, ao passo que shopenhauer é passivo e pessimista.
    Em relação ao seu texto, achei interessante a forma que você expõe a reflexão. Daí, podemos afirmar então que as “verdades são realmente convenções retóricas” como nos afirma o mestre Nietzsche? O que quer dizer isso? Aí confirma a dissolução do conceito em Nietzsche? A partir disso, o que se propõe?
    Avante no oceano aberto da reflexão…abs

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  2. Schopenhauer, ao dizer que só o conhecimento intuitivo pode conhecer a realidade objetiva, provavelmente nunca ouviu falar de ilusões de ótica. A intuição está apoiada no sistema nervoso central, e este só capta uma pequena porção de informação do mundo exterior. Para dar um exemplo, o cérebro recebe biliões de bits de informação por segundo, mas só chega à consciência cerca de 200 mil bits nesse mesmo período de tempo. A razão é mais fiável que a intuição.

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  3. João Paulo

    Caro Carlos, agradeço pela crítica. Penso que na reflexão filosófica toda crítica é de grande valia, pois nos faz pensar. Quanto as ilusões de ótica não conheço bem, mas sei que para Schopenhauer a intuição é o primeiro contato da mente com o objeto e só depois vem o conhecimento abstrato, da razão. Por isto, a intuição é a unica que pode ter um conhecimento puro da realidade objetiva e a razão precisa da intuição para forma seu conhecimento. Também é bom lenbrar que para Schopenhauer a razão usa de conceitos para construir o conhecimento e este não consegue apreender a realidade objetiva con suas peculiaridades: a palavra folha concerne a todas as folhas, mas cada folha tem particularidade.
    Talvez o problema diz respeito a ambiguidade do termo intuição.

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  4. Rodrigo

    Carlos Costa, Schopenhauer conhecia sim as ilusões de ótica, recomendo a leitura do livro “The world as will and representation”.
    Abraço!

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  5. Luis Henrique de Souza

    Igualação do não igual em Nietzsche. Não determinação do particular em Schopenhauer. Poderíamos dizer que para Schopenhauer a palavra conhecimento diz respeito apenas ao conhecimento abstrato. É neste sentido que Schopenhauer pode ser aproximado de Nietzsche, pelo menos do jovem Nietzsche. Quanto ao amigo Edir, na filosofia não há superação, pois não há verdade. Neste sentido Nietzsche não supera ninguém, pois para se medir a superação, como pensamento mais completo ou melhor, teria de se ter a medida do que é melhor. Platão não foi superado por Aristóteles, nem por Nietzsche. Voltando ao caso… Schopenhauer jamais diria que a intuição é conhecimento, se fosse assim, os animais também conheceriam… conhecimento é da ordem da razão… essa faculdade que nos distingue dos outros animais… Mas se aprofundar seus estudos sobre o tema, verá que Schopenhauer assume uma posição dogmática e estabelece um parentesco entre as folhas por analogia (metodologia que perpassa todo o pensamento do filósofo). Conhecimento neste sentido não tem haver com verdade, mas sim com demonstração lógica. A verdade é dada pela intuição. Jamais por demonstração. Por isso o velho Schopenhauer afirma que toda demonstração ao final tem de se assentar na intuição. Mas se no final das contas, a verdade já está na intuição, qual a razão de se procurar a demonstração que tem sempre de retornar à intuição? Isso acontece por dois motivos… um pragmático… utilitário… a possibilidade de comunicarmos estados de coisas, fatos do mundo objetivo, uns aos outros a fim de nos organizarmos na sociedade… outro ético… a fim de conseguirmos nos sobrepor às outras pessoas… dirigindo-as, ou seja, exercendo nossa vontade por sobre as outras pessoas, fazendo mal a outras pessoas. Se analisar bem verá que, o Nietzsche de sobre verdade e mentira ainda está totalmente influenciado pelo que Schopenhauer afirmava. Nietzsche contrapõe o homem intuitivo ao homem racional… encontra no esquecimento a origem do impulso à “verdade” (entenda-se verdade racional). Esquecimento que também é origem da demonstração em Schopenhauer, pois é por perder a intuição (esquecer dela) é que o homem procura pela linguagem retornar à ela. E procura isso para poder retornar à todo momento para a mesma intuição…. Mas preciso de um artigo para explicar tudo isso… Quiçá em setembro.

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